Reset Mode do Varejo – bgg.arq.br


Reset Mode do Varejo

Estamos vivendo um momento em que tudo é relacionado à experiência. Antes a gente só se preocupava com o resultado, agora estamos olhando para toda a jornada. Não é mais sobre só vender, só participar, só usar, só trabalhar. A experiência é parte chave de tudo o que você faz ou consome. É experiência do consumidor, experiência do colaborador, experiência de aprendizagem, experiência de usuário. Experiência de tudo.

Com os últimos acontecimentos, experienciar ganhou mais força e sentindo, a velocidade da mudança fez com que mudemos o nosso mindset. Basicamente 1/3 da população ficou em casa isolada, revisou rotina, tempo, hábito e trabalho, isso gerou uma nova equação de valor.

Mas, antes de pensarmos no futuro, precisamos pensar no hoje, como será feito essa adaptação principalmente nos pontos de venda, pois a vida vai seguir, nós não seguiremos os mesmos, ou por hábitos novos ou por opiniões. Esse momento foi e está sendo um aprendizado e preparo para o “Novo normal”.

 

But, how Are you really?

Primeiramente, é importante pensar em uma economia do cuidado, onde os valores e propósito venha antes do lucro. Escutar como o consumidor está, como realmente se sente.

Ao voltarmos para a rotina, de forma gradual, dentro do quadro de pandemia, a experiência do contato ficará comprometida devido aos ambientes com novos protocolos de distanciamento, novas adequações de layouts, núcleos de higienizações, novas tecnologias para pagamentos etc. O consumidor ainda estará desconfiado e vulnerável, buscando ambientes no qual se sinta seguro e acolhido e onde haja uma postura transparente e receptiva.

Passada a pandemia e o risco de contágio da corona vírus, surgirá um forte entusiasmo, e uma busca pela experiência social de forma exponencial. E as marcas têm a oportunidade de trazer esta oferta para o seu consumidor, através de algumas mudanças nos modelos de negócios e no comportamento de consumo, pois a demanda pelo físico é atemporal.

 

Low touch economy

Monetizar o PDV de outras formas, sem precisar das vendas diretas, como pesquisas e interações com o consumidor, de forma que gere engajamento, ou labs de experiências que estimule o mindset. Posicionar a MARCA como uma plataforma de conteúdo, pode ser uma grande oportunidade.

A colaboração entre marcas como um movimento importante para enfrentar a dinâmica das mudanças que estão reconfigurando o varejo. O novo “Coopetition”, vem da fusão das palavras cooperação e competição

As marcas SCHUTZ e RESERVA decidiram juntar suas forças para uma parceria comercial e solidária. Se uniram para vendas do dia mães, onde cada peça vendida da Schutz gerava doação de pratos de comidas e descontos para compras na marca Reserva. Todo este processo criado e implantado em apenas 3 dias.

 

Outro case interessante, é o da Livraria 1200 Bookshop na China, que viu suas lojas sofrerem por conta da pandemia. Por meio do app WeChat, disponibilizaram aos leitores, criações culturais de sacolas de lona e “pacotes de presentes selecionados cegamente” que incluem livros e criações culturais, onde os leitores podem deixar uma mensagem sobre o sentimento atual ou a tendência de leitura.

As encomendas de livros do Programa excederam 2.000 unidades e as sacolas de lona culturais e criativas venderam mais de 1.000. Utilizaram toda área de café da livraria para embalagem e envio dos livros.

Livraria 1200 na China. Fonte: Interface news

 

Ninguém tem a resposta certa para o momento e, é hora de sermos objetivos. Estudar e entender qual o melhor protocolo a ser adotado, revisar o layout para uma jornada relevante dentro que o consumidor precisa. Entender tendências, se torna necessário, o fato de que atualmente tudo se torna exponencial, as tecnologias emergem e, em pouco tempo, atingem centenas de milhões de pessoas. Então escute, analise e some, afinal uma nova verdade precisa ser escrita.